Eu não tô nem ai
Se você espalhar
Que eu estou ficando velho
Pra capoeira jogar, eu não tô
Talvez eu não seja mais tão forte
O quanto eu fui a algum tempo atrás
Mas te guaranto com minha experiência
Ainda te boto no chão meu rapaz, eu não tô
Olha que o tempo passa ligeirinho
Meu camarada é melhor se cuidar
Pois o passado, o presente e o futuro
São bem diferentes na Capoeira, eu não tô
Eu lhe confesso que ainda eu vou longe
E muita coisa ainda eu vou ver mudar
Mas não me conformo com tanta ganância
Dessa juventude na Capoeira, eu não tô
A vaidade as vezes atrapalha
Chega na roda querendo provar
Respeite o mestre que traçou caminho
E abriu as portas pra você passar, eu não tô
Hoje tu diz que eu tô ficando velho
E que só canto e toco berimbau
Mas me desculpe olha meu camarada
Nas rodas que eu jogei, hoje tu passa mal, eu não tô
Mestre Barrão